Título: O Quarteto de Cordas.
Autor: Hartmund Lange.
Editora: Best Seller.
Páginas: 110.
Levado às raias do delírio pela suposta traição da esposa, o músico Friedhelm Berghoff é obrigado a empreender uma tensa investigação pelas ruas de Berlin e pelos meandros de sua alma. Mesmo estando sozinho em seu apartamento, Berghoff crê ouvir vozes, ver coisas e perceber indícios de que alguém está em seu encalço, atormentando-o, talvez tentando matá-lo.
O Quarteto de Cordas conta a história do violinista Friedhelm Berghoff (constantemente tratado como Berghoff). Ele e seu quarteto estão se preparando para um concerto importante, de uma peça bastante emocionante. Porém, as coisas não vão bem na casa de Berghoff. Os hábitos de sua esposa estão diferentes e ele acha que está sendo traído. A situação complica quando ela pega a filha e viaja, sem avisar à ele.
Berghoff suspeita de que seu amigo, Stern, seja o amante de Elizabeth. Eles continuam ensaiando “O Quarteto de Cordas n°4, op. 37” de Arnold Schönberg, uma regravação de 1937 e sempre buscando a perfeição. Quando alcançam o nível máximo da harmonia, finalmente fazem uma turnê pela Alemanha, mas Elizabeth continua sem dar notícias.
O Quarteto de Cordas começa lento, dando sinais de ser um livro bem “arrastado” e cheio de termos do mundo da música, mas a trama cresce em meio aos ensaios e o misterioso desaparecimento de Elizabeth e sua filha, junto com a paranoia de Berghoff, nos levando a um final totalmente surpreendente e no estilo de O Adulto, porém com uma diferença: O final está ali, você não precisa deduzir, e quando chega nele e pausa para fazer uma reflexão do enredo, nota que ele sempre esteve ali, na sua cara, mas você não sabe ao certo desde quando.
Confesso que o desenrolar pode ser um pouco enrolado, mas vale a pena pelo final. Recomendo para quem gosta de um pouco de suspense mas sem compromisso. Por ser curto, a leitura é rápida, ideal para sair daquela ressaca literária.
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