Título: Um Escândalo na Boêmia.
Série: As Aventuras de Sherlock Holmes.
Autor: Arthur Conan Doyle.
Editora: Zahar.
Páginas: 34.
Em Um Escândalo na Boêmia, uma figura de grande relevância social procura Holmes devido à necessidade de recuperar uma fotografia comprometedora. A dona dessa fotografia, contudo, revela-se detentora de um intelecto à altura do detective. Um conto agradável, envolvente e com uma história intrigante que, ao mesmo tempo que explora as capacidades dedutivas de Sherlock Holmes, revela também algo da sua falibilidade.
Escândalo na Boêmia é o primeiro conto da coletânea As Aventuras de Sherlock Holmes e conta a história de uma pessoa importante na Boêmia que está atrás de uma foto que pode arruinar toda sua vida. Não parece um caso para o detetive, salvo que tudo deve ser feito rapidamente por debaixo dos panos e a detentora da foto é uma mulher bastante inteligente. Watson, o fiel escudeiro de Sherlock não deveria estar envolvido, mas como fora fazer uma visita ao velho amigo no mesmo momento em que a “missão” lhe foi entregue, inevitavelmente acabou imerso no caso.
Sherlock Holmes, como muitos já conhecem, é bastante astuto e egocêntrico e claramente liga os pontos sem maiores problemas, mas neste conto em especial, ele acaba sendo surpreendido por encontrar uma pessoa de astúcia facilmente igualável à dele. Ele também se mostrou ser um pouco “maluco” e por vezes, acertou mesmo sem querer.
Este foi meu primeiro contato com o personagem. Ele é um dos favoritos da minha mãe, assim como Poirot, o detetive criado por Agatha Christie, o que tornou a leitura mais pesada, já que eu estava conhecendo um personagem muito amado pelas pessoas e havia muita expectativa em cima disso. E claro, o fato de eu não ter me dado muito bem com o primeiro livro de Agatha Christie tornou as coisas um pouco mais tensas.
Gostei bastante do conto, os personagens foram bem usados, mas aqui entra um pouco da minha bronca com contos: São curtos demais! Você não tem tempo para se acostumar com o enredo ou personagens, algumas coisas acabam ficando mal explicadas e quando vê, já acabou. Não achei aquela coisa “ai meu deus que coisa excelente”, apenas bom. Me senti melhor lendo este do que O Natal de Poirot, mas não muda o fato de que é totalmente fora da minha zona de conforto. Pretendo ler outras aventuras do querido de muitos, mas sempre com o pé atrás. Será que algum vai me surpreender?
“Você vê mas não observa. A distinção é clara (…)”. -Pág. 11.
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